Imagen 1 – Creatividade grafica del evento e Imagen 2 – Entrada al evento con Paloma Castro, técnico de Localcir en Diputación de Cáceres y con Esther González de Talleres Ardila, uma das empresas tutorizadas por “Diputación de Cáceres”.
Com a intenção de facilitar a criação de circuitos fechados de cooperação entre empresas extremenhas e portuguesas, uma ação futura da LOCALCIR, sentimos a necessidade de encontrar empresas portuguesas que possam estabelecer relações comerciais com as empresas que orientamos na Diputación de Cáceres, todas elas da moda têxtil e sustentável e que também complementam as suas necessidades para torná-las mais competitivos.
Planeando viagens de exploração a Portugal com este objectivo e chegando ao nosso conhecimento a celebração da Feira MODTISSIMO, o certame mais importante das indústrias têxtil e de moda e vestuário em Portugal, sabíamos que várias das empresas portuguesas que queríamos visitar nas suas origens (fabricantes de tecidos, confecção têxtil, serviços de tratamento da lã: pentear-lavagem, tinturaria, fiação, tecelagem; associações de empresas têxteis e de moda, inovação e desenvolvimento…) pareceu-nos propsitado e mais operacional visitar a feira.
A visita ao MODTISSIMO serviu tanto para contactar empresas como para conhecer e aprender o desenvolvimento desta indústria, estratégica em Portugal para os Fundos de Recuperação da UE. Como não poderia deixar de ser, promovemos também as nossas empresas tuteladas no projeto LOCALCIR, não só junto dos empresários da feira mas também junto dos meios de comunicação especializados em moda, aliás, a revista digital MODA.es deu-nos destaque num artigo, que referencía esta nossa visita (https://cutt.ly/LA3iIO8 ), como nos recorda Paloma Castro, técnica responsável pelo projeto LOCALCIR na Diputación de Cáceres.
Estão registados no MODTISSIMO cerca de 5.000 visitantes, dos quais 4.679 portugueses e 475 internacionais. Os participantes concordaram que a indústria têxtil e de vestuário portuguesa está a sair mais fortalecida da recessão na cadeia de abastecimento asiática. Todos eles destacaram as vantagens de voltar ao básico.
MODTISSIMO, conseguiu oferecer a aparência de uma grande feira europeia; quer pela estética geral do recinto de feiras da Exponor, quer pelos 241 stands que encheram completamente os 6.000m2 do Pavilhão 5, quer ainda pelas áreas de tendências, sustentabilidade e têxteis avançados, e ainda pelas duas áreas de conferências.
A feira recebeu 139 expositores de tecidos, 66 de roupas (desta vez sem diferenciação entre adultos e crianças) e 36 de serviços; e teve que deixar de fora algumas empresas por falta de espaço.
Durante a nossa visita à Feira falámos com vários expositores, estávamos interessados em descobrir novos fabricantes de tecidos biológicos e conhecer a oferta de novos tecidos sustentáveis, fornecedores de empresas de fabrico têxtil, serviços para o desenvolvimento da lã, desenvolvimento de têxteis reciclados …dos quais estávamos interessados em saber a localização das fábricas e os pedidos mínimos e os prazos de produção.
Como exemplo das empresas industriais e têxteis portuguesas que conhecemos, salientamos as seguintes:
FILASA SPINNING AND DYEING
Trabalham principalmente com algodão orgânico e reciclado, poliéster reciclado, viscose, Lyocel, linho, sumaúma, cânhamo, bambu, Modal, lã, seda, caxemira… explicaram-nos que ultimamente notaram que tinha aumentado a procura de produtos sustentáveis, razão pela qual a sua oferta também tem vindo aumentando progressivamente.
CLARIANSE
Que dedica grande parte de sua produção ao tingimento natural de fios orgânicos.
PANORAMA
Empresa portuguesa de impressão digital têxtil.
J.AREAL
Produtora de malhas especializada em algodão orgânico e outras fibras sustentáveis como linho, poliéster reciclado ou Tencel.
LMA
Foi fundada em 1995 com uma clara orientação para tecidos de “high-performance” para desporto, trabalhando apenas com materiais sintéticos, e há um ano ocorreu um marco na LMA: compraram uma fábrica para trabalhar com algodão orgânico certificado e produzir produtos tanto de tecido para o plano como malha. Atualmente, uma porcentagem dos produtos já é sustentável (algodão orgânico, reciclado, agricultura responsável contra a deflorestação,…). No futuro, eles esperam que toda a produção seja desenvolvida com algodão orgânico.
De fato, a relação da LMA com a sustentabilidade vai além de suas matérias-primas. A empresa utiliza painéis solares para fornecer energia durante o processo de produção (enviando o excedente para empresas
vizinhas); e aposta em corantes biológicos à base de bactérias que permitem o tingimento sem água e a 37ºC (quando o processo costuma ser realizado a 150ºC). Da mesma forma, é pioneira em um processo de economia circular que consiste em destruir roupas para fazer celulose, que é convertida em fibras, fios e novas roupas. Para transformar roupas velhas em fios, a LMA faz parceria com empresas produtoras de fios capazes de realizar esse processo. Por fim, é de salientar que a LMA trabalha com materiais de primeira qualidade para garantir a durabilidade dos seus produtos e afastar-se da filosofia de usar e deitar fora.
“A LMA é para a LOCALCIR um modelo de negócio com boas práticas que podem ser replicadas nas empresas que orientamos.”
DITCHIL
São fabricantes de vestuário para terceiros e trabalham muito em têxteis sustentáveis. Para eles, a responsabilidade ambiental não se reduz à natureza dos tecidos que fabricam, mas abrange todos os recursos que utilizam durante esse processo. Nesse sentido, apostam na energia solar obtida graças aos seus próprios painéis solares.
No MODTISSIMO chamou-nos a atenção tal como aos restantes visitantes, os seguintes aspectos:
O programa de atividades paralelas. Composto por 14 palestras, foi dividido em dois espaços bem diferenciados: o palco CITEVE e o palco MODTISSIMO.
Fórum de tendências primavera-verão 2023
Na entrada do pavilhão estava a área de tendências inspirada em um mercado local. Os tecidos foram apresentados por tons em paletes de madeira.
A área de tendências incluiu também uma zona diferenciada orientada para a sustentabilidade. Sob o lema “Sustainable Future Trends Forum”, a Modtissimo propôs várias tendências de tecidos definidas pelo seu valor ambiental. Assim, os produtos presentes nesta área eram orgânicos, “eco-friendly”, fruto de uma produção responsável ou reciclados.
Sustaninable Fashion From Portugal
Esta iniciativa sustentável foi apresentada como uma amostra de “designs eco-responsáveis”feitos com algodão orgânico e certificado BCI, poliéster reciclado e outros materiais naturais como linho e lã. Além disso, muitos dos designs agregaram acabamentos – também sustentáveis - para alcançar um desempenho superior. Estes incluem acabamentos repelentes e resistentes à água, antibacterianos, termorreguladores, protetores contra os raios UV, respiráveis, de secagem rápida, etc.
The Green Wave: Sustainable Fashion From Portugal
O lançamento da revista “The Green Wave” e a montra com produtos sustentáveis de empresas portuguesas foram as ações do projeto “Sustainable Fashion From Portugal”. “O principal objetivo do projeto é promover e comunicar as melhores práticas da indústria têxtil e de vestuário portuguesa na área da sustentabilidade”, afirma Ana Paula Dinis, Diretora Executiva da ATP (Associação Portuguesa de Têxteis).
iTechStyle
Este espaço reuniu uma grande variedade de propostas técnicas inovadoras. Ficamos surpreendidos com a proposta da Polopique, que foi finalista do iTechStyle Awards, que propõe um tecido voltado ao esporte e ao segmento techno-fashion que é 72% biodegradável.
Decidimos deixar-vos tambem a revista “Green Wave” em formato PDF, e que achamos muito interessante poder proporcionar-vos este documento como fonte inspiradora, onde poderá encontrar muitas ideias e propostas, para todas as empresas tuteladas no domínio da Localcir-Poctep bem como todos as outras entidades ou pessoas que possam estar interessados.
Link à revista: THE GREEN WAVE:
https://atp.pt/wp-content/uploads/2022/01/GREEN-WAVE_Revista.pdf
Concurso de novos criadores
Um espaço da Feira foi dedicado a dar visibilidade às propostas de criadores e designers emergentes propostas por diferentes entidades formadoras portuguesas, foi um Concurso de Novos Criadores.
Relativamente à crescente procura de clientes estrangeiros, como as nossas empresas, era bem visível o interesse em fabricar em Portugal. Não só pelo regresso da produção à Europa, mas também pela qualidade, inovação e sustentabilidade da indústria têxtil e de vestuário portuguesa.
Entre a grande diversidade de temas, destacam-se a sustentabilidade, a inovação e pesquisa; bem como questões mais operacionais como os custos do contexto, a escassez de mão-de-obra e a oportunidade de Portugal se tornar um mercado local de excelência.
Aprendemos muito na feira e estamos preparando um diretório de fornecedores de confecções e confecções têxteis para facilitar esses contatos para as empresas tuteladas pela LOCALCIR. Também nos encoraja esta visita a desenhar um Plano Estratégico para o sector têxtil e da moda na Extremadura. Estamos empenhados em continuar a trabalhar na cooperação transfronteiriça com as empresas portuguesas de têxteis e moda. Mantervo-emos informados sobre os passos que vamos tomar.
Abaixo segue um link para que todos os interessados em conhecer este documento da Visão Prospectiva e Estratégias ITV 2030. Contribuição para um Plano Estratégico do Sector Têxtil e Vestuário Português, o possam descarregar e consultar.
Link para o jornal: VI
https://atp.pt/wp-content/uploads/2021/07/Estudo-2030-digital.pdf
Esperando que este documento seja útil e facilite a implementação de uma dinâmica sustentável no sector têxtil na região Euroace, facilitando contactos e inspirando contributos para as empresas tuteladas no âmbito do projecto Localcir-Poctep e todas as outras empresas e organizações que têm intenção de iniciar o seu caminho para a sustentabilidade têxtil.
Texto y fotografías: Paloma Castro Navas/ Diputación de Cáceres